terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Fate/Apocrypha no Netflix

E finalmente Fate/Apocrypha saiu no Netflix, não completo, apenas a primeira temporada, está disponível em japonês, inglês, italiano, francês e português. Ainda não vou falar do anime em si, estou esperando ele terminar para trazer a minha opinião completa em vez de pedaços separados por episódios, hoje eu quero falar sobre a dublagem.

Não sei se os leitores de agora conhecem as coisas que eu fazia antigamente, mas eu também dei minhas opiniões sobre a dublagem feita na Álamo sobre Fate/stay night produzido pela DEEN e exibido lá no extinto Animax. Resumidamente, diferente dos que muitos comentaram na época, eu achei a dublagem muito boa, gente de peso estava envolvido, tinha um ou outro novato no elenco, mas ele no geral estava muito bom, o maior problema foi a adaptação que foi uma verdadeira porcaria. Erros de tradução, erros de nome de personagens (o famoso servo Castor), etc. mostravam que a preparação disso foi feito nas coxas.

Agora, depois de anos, temos novamente a chance de ouvir uma série de Fate dublado! Legal, mas não foi aquilo que eu esperava. Voltando a falar de FSN, o maior problema, que eu estou imaginando que tenha sido isso, foi que eles pegaram a versão em inglês e traduziram para o português, ou seja, tivemos uma tradução da tradução, isso explica porque nomes das classes dos servos foram traduzidos e outras coisas também, como o UBW do Archer. Dessa vez, em Apocrypha, eu acredito que o processo de dublagem foi feito simultaneamente, então todo mundo recebeu o roteiro em japonês e tiveram que traduzir direto, por isso que os nomes das classes foram mantidos como no original, em inglês. A adaptação está muito boa, em destaque eu cito o dublador que fez o Shakespeare, eu não consegui achar o nome dele, mas ele fez um excelente papel na pele do Caster. O Dublador do Sisigo, Ênio Vivona, também fez um bom trabalho, eu achei que casou muito bem com o personagem o tom de voz que ele deu para o Sisigo.

Mas os elogios terminam por aqui, quando eu ouvi a primeira fala dublada eu achava que estava ouvindo um fandub e não um produto oficial. Não vou me adentrar aos termos técnicos porque eu não tenho base para isso, mas a qualidade das vozes não estava boa, ou o microfone era muito ruim ou o técnico de som não soube equalizar direito as vozes, dando a impressão de amadorismo. O elenco ao todo não estava ruim, mas poderia ter sido melhor, pesquisando um pouco e eu comecei a ver um monte de reclamação que a grande maioria dos animes que a Netflix pega são mandados para o estúdio de dublagem em Campinas, não são grandes estúdios de dublagem como as que existem em SP ou no RJ, isso explicaria o nível mediano-baixo da dublagem.

Outra deslizada é que o tradutor da legenda acha que o Astolfo é uma mulher, sempre referindo a ele no feminino, já a dubladora que fez ele já estava ciente de que ele era um homem, não sei se ela comete algum deslize, mas nas cenas em que assisti, o Astolfo se referia no masculino, eu achei um pouco forçado a voz dela, não precisava afeminar tanto o Astolfo, o segredo era manter o tom mais neutro que a forma que o personagem foi desenhado já fazia o resto do trabalho.

Mas então, vale à pena assistir dublado? Eu acho que só questão por curiosidade, se for assistir via netflix assista no áudio original, talvez o que mais me pesou foi a qualidade da captação das vozes e não delas em si. Se não parecesse tão amador, eu recomendaria porque a adaptação está muito boa, dava para relevar o elenco. Eu sei que isso não acontece com personagens que ninguém conhece por aqui, mas senti falta de ouvir a Priscila Franco dublando a Saber novamente, mesmo que foi uma participação especial, seria legal se eles mantivesse a mesma voz, mas paciência. Um dia eu vou ver Fate ganhar uma BOA adaptação e uma BOA dublagem.


Um comentário:

Júlio César disse...

Concordo com você! Mais mesmo assim eu gostei da dublagem!

Espero que algum dia Fate Zero e Unlimited Blade Works ganhe uma dublagem e principalmente decente!